QUEM É MAIS ARRISCADO AVIÃO OU ÔNIBUS?
Neilson Guimarães *
Há 105 anos atrás, no dia 17 de
setembro de 1908, ocorreu a primeira fatalidade relacionada à aviação quando o
tenente Thomas Selfridge faleceu como passageiro durante uma demonstração de
voo feita por Orville Wright na Virgínia (EUA).
Um estudo realizado entre
1993-95 pelo Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos publicado pela
Folha On Line em http://zip.net/brl892, baseado no número de fatalidades com o
número de milhas percorridas, descreveu que em média, morrem nas rodovias
norte-americanas 11 mil pessoas a cada seis meses, dessa forma, revelou que nos
EUA é 11 vezes mais seguro viajar de avião do que de carro. A matéria revela
que menos óbitos ocorreram em acidentes com avião comercial nos EUA nos últimos
60 anos em relação à média de mortes em rodovias a cada três meses.
St. Maarten, Antilhas Holandesas, pouso no Aeroporto Princess Juliana
Dados da Wikipédia, encontrados
em http://zip.net/bml8Hl revelam que, dos 1.843 acidentes aéreos desde 1950 até
2006 excluindo-se ocorrências militares,
voos privados e voos charters, teve-se as
seguintes causas: 53%: Erro do
piloto; 21%: Falhas estruturais; 11%: Clima/tempo; 8%: Outros erros humanos (erro
do controle de tráfego aéreo, imperícia no carregamento, imperícia na manutenção,
contaminação de combustível, erro de comunicação, etc); 6%: Sabotagem (bombas,
sequestros, abatimentos); 1%: Outras causas.
Ainda na Wikipedia em
http://zip.net/bnmb2Z encontramos que, por bilhão de viagens, os aviões estão
em terceiro lugar no número de mortes, e em oitavo lugar em número de mortes
por bilhão de horas de vôos. Em uma lista contendo dez meios de transporte diferentes,
considerando mortes por bilhão de km percorridos, o avião coloca-se em na
décima posição.
Se analisarmos o número de fatalidades por quilômetro voado, poderemos chegar a conclusão de que a parte mais perigosa de uma viagem é o percurso até o aeroporto. Há 30
anos, a probabilidade de ocorrer um acidente era uma para cada 140 milhões de
milhas voadas; atualmente, a cada 1,4 bilhão, assim, o fator segurança está dez vezes melhor
em três décadas.
Na tabela abaixo dentre suas
variáveis apresentadas, temos para a energia cinética os valores de 2.282,74 MJ
para o avião e, 3.702,96 KJ para o ônibus. Nota-se que o veículo de transporte
rodoviário possui uma energia cinética 616.42 vezes menor que o veículo de
transporte aeroviário.
O
desprendimento de energia do avião é bem maior que a do ônibus, elevando assim
o seu potencial destrutivo,
tornando-o muito superior ao do ônibus. Analisando dessa forma, com base no critério de Energia
Mecânica Total, verifica-se que o avião é mais que 2.729 vezes mais perigoso.
Com base na estatística abaixo, os períodos mais propensos ao acidente no transporte aeroviário, ocorrem na decolagem, durante a subida imediata para a altitude de segurança e, na descida para o
pouso da aeronave. A
decolagem e o pouso exigem demais do avião em termos físicos, motivo pelo qual três quartos dos acidentes ocorrem durante essas duas curtas fases de um voo.
Fonte: Editoria de Arte
Já os acidentes envolvendo
veículos de transporte rodoviário estão relacionados com condições locais,
condições climáticas, imperícia, imprudência, dentre outros... Segundo dados, nos Estados Unidos a primeira morte por essa causa ocorreu em 1899, a intensidade do problema foi tal que em 1951 registrou-se ali o milionésimo caso.
Segundo artigo publicado em http://zip.net/bymcGh, os acidentes de trânsito no planeta terra, em especial causados por veículos automotores,
assumem destaques cada vez maiores como causas de mortes, sendo que, em
inúmeros países, quanto à magnitude, a mortalidade por essa causa figura entre
as primeiras.
Para analisarmos o transporte mais arriscado dependemos de medir
variáveis e atribuir valores a itens como: quotidiano, frequência, sazonalidade,
dentre outros elementos. Se levarmos em consideração, por exemplo, dados
probabilísticos de acidentes fatais por quilômetros percorridos, teríamos o
avião como o meio de transporte menos arriscado visto que, em uma viagem,
percorre-se trechos que por terra
poderiam ser muito maiores, significando horas ou dias de direção, aumentando assim substancialmente os riscos de
acidentes.
NOTAS:
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- Bacharel em Arquitetura e Urbanismo;
- Especialista em Gestão e Educação Ambiental;
- Pós Graduado - MBA em Gestão de Obras e Projetos;
- Pós Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho;
- Pós Graduado em Gestão Empresarial;
- Mestre em Gestão e Auditorias Ambientais com ênfase em Engenharia e Tecnologias Ambientais pela Universidade de Leon, Sapaña.
- Membro do Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Grande Vitória - COMDEVIT;
- Membro do Conselho Regional de Meio Ambiente do ES - CONREMA V;
- Mebro do Conselho Gestor do Sistema de Transportes Públicos Urbanos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória - CGTRAN-GV.
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